
Para relembrarmos nossa origem, aí está uma crônica feita pelo membro do grupo, Diego, após nossa primeira visita. É bastante antiga, tanto que o nome ainda era outro, mas a intenção é ótima. Começa nesse post e continua no próximo...
O Acaso no asilo
"Estes dias, inventei moda e me envolvi com um grupo de voluntariado social, chamado Carejangrejos. É um grupo novo no Brasil e recém-nascido no Paraná. A idéia surgiu de um show da banda independente Teatro Mágico, que une diversas formas de arte e expressão com música e adoram se pintarem de palhaços. A trupe, como se auto-denominam, busca a pluralidade do ser, e me pareceu muito plural o ser capaz de se voluntariar a ajudar o próximo. Não me pareceu apenas marketing-social-musical, com o intuito de vender mais. Coisa séria.
No show da banda veio a grande idéia: fundar uma “filial” do grupo de ação social voluntária: os Carejangrejos-Paraná. Eu e meu fiel escudeiro, disfarçado de amigo-irmão, Brenno encontramos um grupo de garotas que se interessou também e, espertinhos, convidamos as senhoritas a discutir as idéias em algum bar. Trocamos telefones e emails. Foi marcada a reunião no bar e realizada. Não pude ir, mas Brenno foi, conheceu a garotada melhor e a idéia, mesmo no bar, ganhou tom de seriedade. Tornou-se concreta, o que acabou por ser uma bela surpresa, pois acreditava que o altruísmo iria terminar na cama de algum motel. Sabe como é, às vezes, faz-se aquele tipo de bonzinho para se dar bem com a mulherada. Mesmo que nós dois sejamos seres-bem-humanos, cheios de bondade, flertamos com o lado negro da força de vez em quando.
Um website surgiu para facilitar a comunicação do grupo e mais uma idéia veio à tona: visitar um asilo, pois o dia dos idosos se aproximava. A idéia foi aceita e me pareceu bastante contundente. Propus-me a visitar alguns asilos e, somente, uma outra garota, chamada Larissa, vulgo: Lá, aceitou me fazer companhia. Era uma primeira visita só para conhecer e ver as necessidades do asilo. Já conhecia a Lá, encontrei-a algumas vezes em saraus antes da data da visita.
Confesso que fiquei apreensivo (muito, aliás). Perdi minha mãe há muito pouco tempo e achei que talvez ver senhoras abandonadas pela família, algumas provavelmente muito doentes, me traria lembranças amargas de um passado tão recente quanto hoje. Cheguei a perder o sono da noite de véspera, mas encarei. Fui; ou melhor, fomos. Demos algumas voltas perdidas antes de chegar ao estimado destino: Asilo Santa Clara, com 27 senhoras, de sustento filantrópico, localizado num prédio de cor esverdeada." ...continua
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